Bruno Steinbach
IRENE DIAS CAVALCANTI
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Falar em Bruno Steinbach Silva é lembrar perseverança, talento e inteligência. É dizer de uma vida dedicada a Arte em todas as suas fases - mesmo naquelas mais difíceis, quando o mundo lhe parecera estreito e com as luzes apagadas. Mas, nada o deteve em seu fascinante roteiro de artista; a sua ânsia de colocar em telas as coisas ditadas por sua mente prodigiosa.
Lembro-me de seu primeiro vernissage, em 1976, na Galeria de Arte Pedro Américo, localizada no antigo prédio da Coex, em João Pessoa, Paraíba - sua cidade natal, onde sempre fez questão de morar e trabalhar. Esse acontecimento me levou a buscar em suas pinturas o motivo de tanta exuberância, com a sua juventude marcando a sua arte com pinceladas vigorosas, sugerindo sensualidade, lirismo, paixão.
Por todo esse tempo, jamais deixei de acompanhar o seu trabalho de autodidata, a sua vida sempre dedicada à pintura, o refinamento de quem sabe fazer e o faz muito bem.
Impossível não identificar as suas obras, porque elas trazem dentro de si a essência da vida, com seu estilo próprio mergulhado em asas multicores, dando a impressão de buscar no infinito multidão de estrelas para abrilhantar o mundo em que vivemos e dizer a este mundo que o talento é um dom Divino e Bruno, acertando ou errando, sempre carrega a chama da determinação.
Nas suas veias existe a dor do fado, certamente trazida por seus ancestrais portugueses em orgias verdes dos ciganos. O avô alemão trouxe a grandeza das catedrais da Alemanha, a música dos grandes mestres eruditos, a estupenda capacidade e criatividade do povo germânico.
Filho de mãe baiana e de pai paraibano, ambos ardentes e tempestuosos como a própria geografia nordestina. Essa mistura magnífica talvez explique a universalidade da sua arte e a tenacidade do seu caráter, que jamais permitiu que em nenhum momento - até nos mais árduos - fosse possível se deter o esplendor do seu trabalho.
Bruno, esse nordestino obstinado, carrega dentro de si o brilho de uma vocação e de uma abnegação irresistíveis, que o fortaleceram para jamais deixar de expressar em suas obras mensagens de amor, transformando toda a sua melancolia em rasgos de esperança para um mundo melhor.
Irene Dias Cavalcanti
João Pessoa, Paraíba, setembro de 2004.
Bruno Steinbachによる現代アート作品を見つけ、最近のアートワークを閲覧し、オンラインで購入します。 カテゴリ: 現代のブラジル人アーティスト. 芸術的ドメイン: 絵画. 口座の種類: アーティスト , 2008以来のメンバー (原産国 ブラジル). ArtmajeurでBruno Steinbachの最新作品を購入する: 現代アーティストBruno Steinbachによる素晴らしい芸術を発見してください。アートワークを閲覧したり、オリジナルアートやハイエンドプリントを購入したりできます。
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IRENE DIAS CAVALCANTI
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Falar em Bruno Steinbach Silva é lembrar perseverança, talento e inteligência. É dizer de uma vida dedicada a Arte em todas as suas fases - mesmo naquelas mais difíceis, quando o mundo lhe parecera estreito e com as luzes apagadas. Mas, nada o deteve em seu fascinante roteiro de artista; a sua ânsia de colocar em telas as coisas ditadas por sua mente prodigiosa.
Lembro-me de seu primeiro vernissage, em 1976, na Galeria de Arte Pedro Américo, localizada no antigo prédio da Coex, em João Pessoa, Paraíba - sua cidade natal, onde sempre fez questão de morar e trabalhar. Esse acontecimento me levou a buscar em suas pinturas o motivo de tanta exuberância, com a sua juventude marcando a sua arte com pinceladas vigorosas, sugerindo sensualidade, lirismo, paixão.
Por todo esse tempo, jamais deixei de acompanhar o seu trabalho de autodidata, a sua vida sempre dedicada à pintura, o refinamento de quem sabe fazer e o faz muito bem.
Impossível não identificar as suas obras, porque elas trazem dentro de si a essência da vida, com seu estilo próprio mergulhado em asas multicores, dando a impressão de buscar no infinito multidão de estrelas para abrilhantar o mundo em que vivemos e dizer a este mundo que o talento é um dom Divino e Bruno, acertando ou errando, sempre carrega a chama da determinação.
Nas suas veias existe a dor do fado, certamente trazida por seus ancestrais portugueses em orgias verdes dos ciganos. O avô alemão trouxe a grandeza das catedrais da Alemanha, a música dos grandes mestres eruditos, a estupenda capacidade e criatividade do povo germânico.
Filho de mãe baiana e de pai paraibano, ambos ardentes e tempestuosos como a própria geografia nordestina. Essa mistura magnífica talvez explique a universalidade da sua arte e a tenacidade do seu caráter, que jamais permitiu que em nenhum momento - até nos mais árduos - fosse possível se deter o esplendor do seu trabalho.
Bruno, esse nordestino obstinado, carrega dentro de si o brilho de uma vocação e de uma abnegação irresistíveis, que o fortaleceram para jamais deixar de expressar em suas obras mensagens de amor, transformando toda a sua melancolia em rasgos de esperança para um mundo melhor.
Irene Dias Cavalcanti
João Pessoa, Paraíba, setembro de 2004.
- 国籍: ブラジル
- 生年月日 : 1958
- 芸術的ドメイン:
- グループ: 現代のブラジル人アーティスト
影響
教育
認定されたアーティスト値
実績
Artmajeurでの活動
最新ニュース
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Animação com o desenho inicial para a posterior pintura.
Diário de Natal. Natal-Rio Grande do Norte, Brasil, quinta-feira, 17 de setembro de 1998.
Bruno Steinbach
“Nômades Amantes do Tempo”
Pinturas
CAPITANIA DAS ARTES
De 04 a 16 de setembro de 1998
Por que ficamos embevecidos com o erotismo de Bruno Steinbach? Hoje, quando a sexualidade e mesmo muita pornografia assola todos os meios de comunicação e esse tema passa a ser cotidiano , apelativo e até aborrecido, poderíamos descartar com simples olhadelas esse conjunto de pinturas que trata justamente de sexo, mais precisamente de atos heterosexuais. Mas, não.
DISCURSO
Ainda que Steinbach, dentro mesmo de sua mostra, repita e repita imagens. Aliás, pode-se dizer que nessas repetições o artista usa um discurso metalingüístico para “discutir” a invasão massiva da sensualidade no nosso dia a dia. Não nos dizendo “seja assim” ou “experimente isto”, como um publicitário, mas afirmando “estes somos nós”, como um humanista.
O ato sexual em sua universalidade é, todo modo, um tema que pode, inclusive por toda esta sua superexposição,ser apreendido por qualquer pessoa, “até por um motorista de ônibus”, como diz Steinbach. Ninguém pode fujir a uma identificação.O orgasmo, o prazer sensual é tratado em sua natural crueza, sem esteticismos, surrealismos ou quaisquer recursos de escamoteamento do tema, numa procura mesmo da comunicação direta, da revelação de que sexo é bom, é naturalmente belo.
O desenho preciso de Steinbach - desenho realista que nada tem a ver com um expressionismo tipo Munch, Schiele ou Van Gogh - resolve este propósito muito a contento, ainda mais porque ele sobejamente o finaliza com jogos rítmicos de vibrantes pinceladas.
Talvez fosse mais apropriado dizer que Steinbach lança mão do expressionismo abstrato - do tipo Pollock - ou do tachismo, dada a evidente velocidade com que apõe tinta ao suporte. Às vezes ele recorre a um típico dripping (gotejamento) expressionista, incômodo e quase sempre desnecessário. Mas estes recursos são funcionalmente retóricos ao induzir movimento, aspersão e derramamento de líquidos, absolutamente próprios ao tema.
CORES
Por outro lado, aproximar o “estilo” de Steinbach do impressionismo talvez continue impróprio, já que a cor - elemento primordial do impressionismo - é tratada por ele também segundo esquemas mais próximos do conteporâneo, mais dentro de uma linguagem Pop. A repetição de imagens, inclusive, seria outra característica Pop que o artista associa a estas suas escolhas pela monocromia ou por sutis arranjos analógicos de cor.
A tinta acrílica, seja sobre Duratex ou sobre cartão, é muito sabidamente utilizada por Steinbach, especialmente na exploração do tempo de cura e dos contrastes entre opacidade e transparência.
Como resultado, temos soluções muito pessoais informando sobre a consciência artesanal do artista, que nos brinda com obras realmente ricas em sua harmonia entre forma e conteúdo.
Natal-Rn, quinta-feira, 17 de setembro de 1998.
CANINDÉ QUEIRÓZ, Gazeta do Oeste, Quinta-feira, 3 de setembro de 1998. Mossoró - Rn, Brasil.
Exposição
Recebo um convite para a exposição do pintor Bruno Steinbach e novamente fico surpreso com a extraordinária arte tematizada em sua obra. A exposição denominada “Nômades Amantes do Tempo” existirá na Capitania das Artes, na capital do Estado, patrocinada pela Fundação Cultural Capitania das Artes e Prefeitura Municipal de Natal, tudo acontecendo na Galeria “Iaponi Araújo”, Capitania das Artes, às 20 horas do próximo 16 do corrente, das 9 às 18 horas.
II
Olha, já é chegada a hora de nosso Estado e o país reconhecerem a arte extraordinária de Bruno Steinbach, um paraibano de João Pessoa que adotou Mossoró como sua terra natal. O Bruno tem natureza visceralmente nômade, sendo neto de alemães, filho de pai paraibano e mãe baiana, portanto mostrando um tempero muito brasileiro. A apresentação é do advogado Toinho Rosado, um gênio na arte de escrever, e sobre o Steinbach diz: “ A arte de Steinbach é nômade, percorrendo todos os lugares pela força da imaginação criadora. Aliás, uma portentosa força telúrica, indefinida no tempo, no sincretismo universal do ato de amar”.
III
Veja, temos aí dois loucos reunidos, o Bruno Steinbach e o Toinho Rosado, mas acometidos daquela loucura que vitimou Van Gogh, Cervantes, Leonardo da Vinci, Flaubert ou Balzac, uma loucura divina que transcende o humano. Ninguém deve perder a exposição do Bruno Steinbach e também arquivar a apresentação do Toinho Rosado, e todos devem se contaminar com a loucura genial de ambos.
PAULO LINHARES, (Extraído de texto publicado no jornal GAZETA DO OESTE, domingo, 21 de junho de 1998, Mossoró - Rn).
Talvez a mesma intolerância que um dia levou um Bruno à fogueira podou uma parte da vida de um outro Bruno, o Steinbach, segregando-o por mais de uma década nas enxovias do Estado,porém, não conseguindo destruir nele a paixão pelos mistérios das cores, das formas e dos sentidos tantos das cores e das formas.
Inventariadas as cicatrizes que lhe foram impostas, agora Bruno Steinbach Silva emerge nas asas do tempo para presentear nossos olhos, já tão fatigados pela mesmice da massificação cultural, com a luz de sua pintura, confessadamente arraigada em dois dos mais importantes estilos da pintura do século XX, o expressionismo e o surrealismo.
É bem verdade que mais próximo do primeiro que do segundo. Seu matiz é mais nitidamente expressionista. Entretanto, finda a arte de Steinbach sendo mesmo transitiva, estilisticamente nômade, porquanto o conjunto de sua obra é perpassado por diversos estilos, embora tenha como traço comum a desobediência (revolucionária) às restrições ditadas pelos estilos da pintura clássica. Além de estabelecer no processo de criação objetivos e sensibilidade muito próximos do artista no tocante à representação do mundo, em que a forma, a linha e a cor são trabalhadas independentemente de exigências temáticas, embora sem descambar para a abstração pura e simples.
Na pintura de Bruno Steinbach Silva o significado das coisas prevalece sobre a aparência., de modo que sua temática não traduz a realidade imediata, mas uma representação dela concebida pelo artista e que estaria mais próximo na transmissão da verdadeira natureza do objeto. É aí que reside o seu expressionismo como estilo mais marcante e que muito bem será explicitado nas obras que compõem a sua exposição “Nômades Amantes do Tempo” - que termina hoje no Museu Municipal.
Por isto tudo, vale a pena vê-la para sentir a pujança com que renasce o artista Bruno Steinbach Silva.
O artista, por ele mesmo.
O MERCADOR DE ILUSÕES
Mercador de ilusões,
sorvendo cores e aspirando ideias, orvalhando emoção.
Atrevido artista nômade, encantado pela musa linda e querida...
Pescador de sonhos e visões,
navegando na fantástica e invisível arca da inspiração.
Alegre caçador de fantasias, vivendo o amor e comendo a vida ...
Sei de onde vim, estou aprendendo o que sou e sei para onde vou!
Sou trineto de um Padre (José Antônio Marques da Silva Guimarães*, deputado provincial por quatro mandatos e vigário da cidade de Sousa , sertão da Paraíba, por quarenta e oito anos , que, sem abdicar de suas funções sacerdotais, desposou Maria da Conceição Gomes Mariz, em 1838, de cuja união nasceram catorze filhos). Meu avô materno é o alemão Walter Julius César Steinbach (casado com a baiana de Feira de Santana e filha de portugueses Elvira Ferreira Steinbach ) e o avô paterno é o “Coronel” sertanejo Basílio Pordeus Silva (casado com a neta do vigário, Joana -Geni- Ferreira Rocha). Finalmente, sou filho de um paraibano e de uma baiana (o médico Isaias Silva e Mariêta Steinbach Silva).
Toda essa mistura genética e esse verdadeiro pirão geográfico e cultural me tornaram um artista estilisticamente nômade, a vagar pelos próprios caminhos e veredas, na solitária e abnegada busca da sua identidade enquanto ser humano e artista , sem desprezar os valores da sua terra e da sua gente, contudo jamais se deixando apanhar pela ardilosa tentação dos regionalismos ingênuos e estereotipados que tantos limites e fronteiras nos impõem, pois, mais que paraibano ou nordestino ou brasileiro, sou apenas um terráqueo com as raízes aéreas se espalhando e se nutrindo por toda a Terra.
Como um alquimista, aprendi a enfrentar as adversidades, vencê-las e transformá-las em energia estimulante para novos desafios. Como um xamã, é na pintura e na “boêmia” que encontro a matéria prima que me possibilita essa fascinante aventura, entre a agonia e o êxtase, um cigano amante do tempo em alucinante viagem rumo ao conhecimento e a excelência, como meio de transmitir de forma simples, honesta e duradoura aquilo que realmente importa na vida - a emoção, o amor.
Fiel a minha própria verdade, nunca me preocupei com tendências estéticas da hora, com as suas “panelas” repletas de elucubrações inócuas e abstratas, seguidas de polêmicas discussões que se prolongam até o inferno esfriar, quando e onde a vaidade e a arrogância se escondem disfarçadas em supostas ideias originais. Refugiei-me em minha caverna, longe desses quixotescos e às vezes dantescos revolucionários e de seus discursos; Troquei a conversa fiada pela atitude, o verbo pela imagem.
A internet possibilitou-me a estreia no mundo virtual como um artista sonhador e solitário na sua arte, soltando "esse grito que é a revelação desse infinito que trago encarcerado em minh'alma"... Sim, estou muito feliz por saber que o que pinto e escrevo está sendo visto por pessoas do mundo inteiro. Satisfeito pelo êxito dessa jornada, chegando até o centro do objetivo de toda essa trajetória: o seu coração! E isso me estimula e me impulsiona para o alto, acima do muro erguido pelo mesquinho estabelishement e pelos seus hipócritas servos, transgredindo suas normas de invisibilidade mas me mantendo com os pés no chão. A isso eu chamo de crescimento, de superação...
A arte é a materialização do mundo espiritual, o artista o seu alquimista. É assim desde os tempos primevos, com os xamãs artistas em suas cavernas, intérpretes e mensageiros do Divino. A Arte está acima do humano, do material, do mero objeto de manipulações. Portanto, a opinião “responsável” da crítica e o apoio "oficial" não me interessam…
Dessa "Torre de Babel" em que se transformou o mercado de arte e dessa "crítica" eu quero distância. Sempre fui independente, eu mesmo divulgo e vendo o que pinto, sem intermediários e sem precisar da aprovação de nenhum "curador" pedante. Pinto o que quero, quando quero e para quem eu quero. Tenho um público de amigos fiéis que sempre patrocinam os meus projetos, o que me permite viver modesta e decentemente sem necessitar estar "passando o bajulador chapéu" pelas instituições do governo, pois não tenho a menor vocação para "bobo da corte"... O que quero é ver alguém ardendo no fogo que eu próprio ateei!
As obras criadas por mim, ou através de mim, não são objetos de decoração. Tampouco dependem de complicados conceitos para serem captadas pelos sentidos do observador. O que pinto são emoções materializadas em imagens duradouras para serem guardadas, muito bem guardadas, na memória e no coração das pessoas.
Pessoas como você, que está aqui agora!
Bruno Steinbach Silva, Cabo Branco, Paraíba, Brasil.
* *José Antônio Marques da Silva Guimarães, deputado provincial por quatro mandatos e vigário da cidade de Sousa, sertão da Paraíba, por quarenta e oito anos, de 1837 a 1885, que, sem abdicar de suas funções sacerdotais, desposou Maria da Conceição Gomes Mariz, em 1838, de cuja união nasceram catorze filhos e uma destacada, diversificada e numerosa descendência na Paraíba e no Rio Grande do Norte (entre eles os governadores João Agripino Maia, Tarcísio Maia, Antônio Marques da Silva Mariz e José Agripino Maia, os deputados José Mariz, Gervásio Maia, os historiadores Celso Mariz e Wilson Seixas, Octávio Mariz - líder da revolução de 1930 na cidade de Sousa como líder radical do Jornal de Sousa, o médico Isaias Silva (pai do artista) - professor titular de otorrinolaringologia da UFPB, de resoluta atuação na constituinte paraibana de 1947, quando deputado, o compositor e cantor José Ramalho Neto - Zé Ramalho), agregando membros das famílias Rocha, Garrido, Sá, Meira de Vasconcelos, Melo, Rangel, Aragão, Pordeus, Rodrigues Seixas e Formiga. Sua vida não apenas marcou época. Ele soube fazer época e obteve da comunidade a aprovação aos seus atos. Se não cumpria fielmente os preceitos da Igreja Católica, no que diz respeito ao celibato, cumpria exemplarmente os demais compromissos, com aguçada inteligência, coragem inabalável e elevada capacidade de trabalho, tudo empregado na defesa do seu extenso domínio paroquial. Por isso era respeitado, ouvido e aclamado, como homem desassombrado, que chegava a levar a mulher e os filhos para as mais concorridas cerimônias religiosas. Conhecido como o vigário casado de Sousa, padre José Antônio exerceu quatro mandatos como deputado provincial, foi fundador e sustentáculo do Partido Liberal em Sousa e primeiro prefeito da cidade, além de presidente da Assembleia Provincial e, nessas circunstâncias, presidente provisório da província.
Isso é que é “escrever certo por linhas tortas”.
ALFONSO DIAS BERNAL
Sempre tentando ser fiel aos propósitos que me envolvem com as artes plásticas, a lembrança, hoje, de toda a trajetória de fatos dos quais participei dentro do panorama cultural deste Estado trouxe-me à tona um dos momentos mais marcantes de minha vida profissional, junto à Universidade Federal da Paraíba, quando criador e diretor da Galeria de Arte Pedro Américo, no início dos anos 70.
Esse fato ora aqui lembrado, com grata satisfação, me faz voltar a uma época de verdadeira explosão artística nesta região, da época em que se começava a sentir o interesse de uma juventude entusiasta e fiel aos seus propósitos artísticos, da qual hoje temos diversos nomes de grande relevância que representam bem a Cultura Paraibana. Entre esses nomes está o de Bruno Steinbach Silva, que, justamente nessa época, me procurara para mostrar alguns trabalhos de sua autoria, já pertencendo ao grupo de alunos matriculados no curso de pintura que era oferecido pelo então Setor de Artes da UFPb, que funcionava na Praça Rio Branco, nesta Capital. Bruno se destacara de maneira muito peculiar, pois tinha um desenho forte e definido, deixando no observador mensagens de um infinito estímulo ao eterno amor adolescente. Realizamos a sua primeira exposição individual: Um sucesso!
Depois de trinta anos de trajetória artística, em dias passados, Bruno novamente me procurou, com a mesma humildade, para repetir o mesmo gesto; trouxera várias imagens de suas obras para me mostrar e, da mesma forma, pediu-me para escrever um texto para a sua próxima exposição, uma mostra retrospectiva que acontecerá no Salão Pedro Américo, Casarão 34, em João Pessoa, Paraíba.
Fiquei encantado com o que vi!
Sempre fiel a um figurativismo contemporâneo, repleto de um expressionismo pictórico forte, marcante e muito bem cromatizado, que nos deixa perplexos ao perceber que a sua temática continua a mesma, mas trazendo à tona um amadurecimento sentimental de grande poder sensual, usando novas técnicas criadas por ele e, dessa forma, mostrando-nos também o seu requinte profissional, nos deixando extasiados com a pureza de seus trabalhos e, também, como na primeira vez que ora lembrara, brindando-nos com grandes dosagens de infinito amor.
“Ser um artista não é querer, nem sentir-se, nem sequer um dia pretender... Mas, sim, manter-se eternamente em estado de graça... Muito perto do Criador”.
Alfonso Dias Bernal
João Pessoa, Pb, setembro de 2004.
IRENE DIAS CAVALCANTI
Falar em Bruno Steinbach Silva é lembrar perseverança, talento e inteligência. É dizer de uma vida dedicada a Arte em todas as suas fases - mesmo naquelas mais difíceis, quando o mundo lhe parecera estreito e com as luzes apagadas. Mas, nada o deteve em seu fascinante roteiro de artista; a sua ânsia de colocar em telas as coisas ditadas por sua mente prodigiosa.
Lembro-me de seu primeiro vernissage, em 1976, na Galeria de Arte Pedro Américo, localizada no antigo prédio da Coex, em João Pessoa, Paraíba - sua cidade natal, onde sempre fez questão de morar e trabalhar. Esse acontecimento me levou a buscar em suas pinturas o motivo de tanta exuberância, com a sua juventude marcando a sua arte com pinceladas vigorosas, sugerindo sensualidade, lirismo, paixão.
Por todo esse tempo, jamais deixei de acompanhar o seu trabalho de autodidata, a sua vida sempre dedicada à pintura, o refinamento de quem sabe fazer e o faz muito bem.
Impossível não identificar as suas obras, porque elas trazem dentro de si a essência da vida, com seu estilo próprio mergulhado em asas multicores, dando a impressão de buscar no infinito multidão de estrelas para abrilhantar o mundo em que vivemos e dizer a este mundo que o talento é um dom Divino e Bruno, acertando ou errando, sempre carrega a chama da determinação.
Nas suas veias existe a dor do fado, certamente trazida por seus ancestrais portugueses em orgias verdes dos ciganos. O avô alemão trouxe a grandeza das catedrais da Alemanha, a música dos grandes mestres eruditos, a estupenda capacidade e criatividade do povo germânico.
Filho de mãe baiana e de pai paraibano, ambos ardentes e tempestuosos como a própria geografia nordestina. Essa mistura magnífica talvez explique a universalidade da sua arte e a tenacidade do seu caráter, que jamais permitiu que em nenhum momento - até nos mais árduos - fosse possível se deter o esplendor do seu trabalho.
Bruno, esse nordestino obstinado, carrega dentro de si o brilho de uma vocação e de uma abnegação irresistíveis, que o fortaleceram para jamais deixar de expressar em suas obras mensagens de amor, transformando toda a sua melancolia em rasgos de esperança para um mundo melhor.
Irene Dias Cavalcanti
João Pessoa, Paraíba, setembro de 2004.
Pintura à moda da casa, Por: ASTIER BASÍLIO, Jornal da Paraíba - Portal
Bruno Steinbach é um pintor à moda antiga. Pinta retratos. Mas não se preocupa nem um pouco com rótulos. “A cena moderna tem mais 100 anos. Hoje, está tudo no mesmo prato: seja o abstracionismo, seja um quadro acadêmico, tudo isso é passageiro”, opina. A partir de hoje, ao meio-dia, no Casarão dos Azulejos, em João Pessoa, será aberta a exposição ‘Mulheres em Evidência’, uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
“Alguns quadros foram emprestados das colecionadoras”, revelou o artista. Dos que compõem a mostra, um estava inacabado. Steinbach teve a idéia de pintá-lo durante os dias em que a exposição ficará em cartaz. “Não vai ser ‘mis-en-cène’ coisa nenhuma. Apenas não tive tempo de concluir o quadro e não poderia deixá-lo de fora”, revela. O retrato é da desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti. Quem quiser acompanhar o processo de trabalho do artista, compareça, de segunda a sexta, das 12 às 16 horas. “É o período em que temos luz natural, que é melhor pra pintar”, esclarece.
A organização e a idéia da exposição ficaram a cargo da produtora Rossana Chaves. “O objetivo é homenagear as mulheres, que é um tema com o qual convivo há muito tempo. Passei toda minha vida pintando mulheres seja do ponto de vista erótico ou retratos”, disse. A exposição contém 14 pinturas, na técnica clássica de óleo sobre tela. Os retratos, conta Steinbach, são de mulheres importantes para a sociedade paraibana, são elas: a poetiza Irene Dias; a marchande Suzete Forte; a produtora Rosanna Chaves; a assistente social Anália Pereira; as educadoras Márcia Kaplan e Vera Medeiros; as socialites Lúcia Nóbrega e Socorro Carvalho; as empresárias Marisa Gaudêncio, Juliana Carvalho e Betânia Sales, além da pintura in memoriam de Marieta Caldas Bernardo.
Durante muito tempo, eram as artes plásticas quem cumpriam o papel utilitário de registro do real, expediente que desde o século XIX foi ocupado pela fotografia. Mesmo após o surgimento e predomínio da fotografia, os retratos pintados guardavam algum charme aristocrático e dava um certo status ter as imagens dos patriarcas da família pintados a óleo.
Perguntado sobre a demanda atual do retrato, Steinbach conta que ainda há sim muita gente interessada em ter seu retrato pintado. “Existe. Se bem que há muito joio no meio do trigo”, diz o artista, referindo-se a trabalhos dessa natureza. “Mas, a boa arte não depende de modismo. Arte é pra se expressar”, expressou.
A exposição poderá ser vista até o dia 30 de março. A entrada é franca.
論文
Erotismo feminino é destaque em exposição de Steinbach
25/11/2004 às 09:04
Um dos quadros de Steinbach
O artista plástico Bruno Steinbach Silva continua expondo no Casarão 34 - Centro Cultural de João Pessoa. Sob o título "30 Anos de Pintura - Retrospectiva", a exposição mostra um pouco do trabalho do artista, desde os anos 70, passando pela década de 90 e chegando aos anos 2000. É indiscutível a ligação do artista com as questões relacionadas à mulher e ao erotismo, na grande parte das obras expostas mostram (sob um olhar extremamente artístico) mulheres sentindo prazeres sexuais.
Bruno Steinbach mostra a sexualidade feminina sem preconceitos e tabus. Ao longo destes 30 anos de pintura, o artista fez experiências ao pintar frutas típicas do Nordeste brasileiro como: coco, manga e caju. Destaca-se também na exposição quadros de personalidades paraibanas. O artista também presenteia o público com um auto-retrato.
Excelência na promoção de Arte e Cultura, o Casarão 34 têm-se destacado como um dos grandes pólos de arte e cultura na cidade. Já colocaram suas obras em exposição grandes nomes da arte brasileira como: Hermano José, João Batista, Clóvis Júnior, Josildo Dias, Rogério Faissal, Luiz Bronzeado, Ricardo Peixoto, Fran Lima, Analice Uchoa, Isa Galindo, Rose Catão entre outros solicitados e prestigiados artistas.
O Centro Cultural fica na praça Dom Adauto, 34, no Centro de João Pessoa e funciona de segunda a sexta-feira, das 08h às 21h. Maiores informações sobre as exposições e outros eventos realizados no Casarão 34 através do telefone 218-9708 ou pelo e-mail:
Jornal A União , Governo do Estado da Paraíba, Brasil.
Destaque
Retratos da mulher paraibana
04 de março de 2008
Há mais de 30 anos retratando a figura feminina, o artista plástico Bruno Steinbach volta a expor os seus trabalhos, no Casarão dos Azulejos, localizado no Centro de João Pessoa. Desta vez ele presta uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A exposição integra o projeto ‘Cultura no Centro’ vai ser aberta na próxima quinta-feira (6) e poderá ser vista até 30 de março. São quadros de mulheres paraibanas atuantes e que, nas mais diversas áreas, alçaram destaque naquilo que fazem, quer no campo da cultura, política, empresarial, entre outras.
A exposição que aporta no Casarão dos Azulejos ganha o título ‘Mulheres em evidência’. Segundo o artista Bruno, a figura feminina permeia a sua obra e a sua inspiração há bastante tempo, mais de 30 anos. "Eu sempre as pintei. Houve épocas que fiz algo mais erótico, buscando expor as histórias que iam em meu íntimo; tinha uma espécie de sonho – como um torpor, explica – fantasias de uma mulher que atravessava gerações. Era algo nômade. Isso me perseguiu durante um tempo, mas passou; depois ficou a intenção de retratá-las, e isso eu fiz muitas vezes; daí vem a coleção que lanço mão nesta exposição. As obras pertencem a coleções particulares e que, gentilmente, agora, foram cedidas para unir-se nesta homenagem às mulheres", conta o artista.
Algumas das telas que vão ser mostradas foram pintadas há mais de 20 anos. Outras, poucas, são mais recentes. Mas um fato pouco comum deverá acontecer nesta nova individual do artista. É que ele vem trabalhando em mais uma tela para compor as múltiplas faces femininas que deseja lançar mão do olho do visitante, contudo, adverte: "Acho que não dará tempo de terminá-la; assim, pretendo, depois de aberta a exposição, levar um cavalete lá para o Casarão e continuar no processo de criação desse novo quadro. Penso que isso pode ser diferente e trazer algo a mais para a exposição. Fica como sendo uma espécie de workshop, talvez", comentou.
"Essa mostra é uma maneira de divulgar esta fase do Bruno em que ele faz retratos, visto que ele se especializou em pintar corpo de mulheres e agora se dedica ao traço. O Governo do Estado através da Subsecretaria de Cultura muito nos ajudou o convidando para expor as obras num belo espaço (Casarão dos Azulejos) no Centro da cidade, para que boa parte da população de João Pessoa e de outras partes do País possa ver essa nova fase, no projeto Cultura no Centro", destaca a produtora do evento, Rosanna Chaves.
Autodidata, Bruno Steinbach, 49 anos, é natural de João Pessoa, mas as suas origens vão do interior do Sertão paraibano, o pai era de Sousa; com traço reservado à cultura baiana emprestando lugar ainda à cultura européia, a mãe era baiana, mas o pai dela era alemão. E é daí que vem o sobrenome Steinbach. Está há quatro décadas produzindo e expondo trabalhos plásticos, evidenciando o traço feminino, registrando contrastes que revelam a precisão com que o artista trabalha com luz e sombra.
Artista explica seu autodidatismo
"Sou autodidata sim, até porque na academia não se ensina o que faço. Eles são mais figurativos. A escola não ensina porquê é difícil encontrar quem saiba, quanto mais que ensine", se refere ao fato de não ter passado por cursos de nível superior em Artes Plásticas para descobrir o que a alma pulsava: a pintura. E acrescenta: "Na escola é mais teoria. Eles ensinam a ensinar, mas não a pintar".
O artista adianta que está, paralelo a essa homenagem, preparando uma nova exposição. Desta vez ele foge daquilo que faz há tanto tempo – retratar mulheres – e se dedica a pintar paisagens. "Estou preparando uma série ‘Paraíba a vista – paisagens do Litoral ao Sertão. Ela deve ficar pronta para ser exposta em dezembro, no Casarão 34. Vão ser pinturas e gravuras", comenta.
Classificado como artista figurativo, contemporâneo e expressionista, fez sua primeira exposição em 1976, na galeria Pedro Américo, em João Pessoa. Em 2002 realizou o retrato do presidente Epitácio Pessoa, com aposição em sessão solene no plenário da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba. Sua mais recente exposição foi no ano de 2004, com a retrospectiva "Steinbach - 30 anos de pintura".
O Casarão dos Azulejos fica na Rua Conselheiro Henriques, 159, Centro, em frente ao Palácio do Bispo. A visitação é aberta ao público em geral, de segunda a sexta-feira das 12h às 18h; e nos sábados das 9h às 13h. Quem quiser entrar em contato com Bruno Steinbach pode passar uma mensagem para o endereço .
Patrícia Braz
Repórter
Atelier de Pintura Bruno Steinbach
https://www.facebook.com/atelierbrunosteinbach
BEM-VINDAS E BEM-VINDOS!
Algumas pessoas já curtiram a página da minha galeria virtual (vendas e divulgação):
www.facebook.com/brunosteinbachgallery
Então convido para visitarem e curtirem o meu face ateliê, aqui, acompanhando o making of, os "bastidores" do ateliê de pintura. Realizado pelo próprio artista, nossa ideia é montar um local livre, simples, leve e bem-humorado, onde vocês possam ver um pouco da obra e da intimidade do artista, conhecer os visitantes, "curtir" as festas...
AGORA NO NOVO ENDEREÇO, A CAVERNA NA COLMEIA:
Rua Bel. Irenaldo de Albuquerque Chaves, 201, RESIDENCIAL VAL PARAÍSO, aptº 421, 3º andar, bloco E, Aeroclube, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
CEP: 58036-460
Contato: brunosteinbachsilva@gmail.com
Fone: (83) 86609282 OI / 99518663 TIM
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EXPOSIÇÕES:
1976
Coletiva durante o I Festival de Verão de Areia (Desenho). Areia, Paraíba, Brasil.
Coletiva “4 Artistas Novos” (Pintura). Galeria de Arte Pedro Américo, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1977
Coletiva “Artistas Gaúchos e Paraibanos” (Pintura). II Festival de Verão de Areia, Teatro Minerva, Areia, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva Universitária de Artes Plásticas da Paraíba” (Prêmio UFPB de Pintura). Museu de Arte Moderna Assis Chateaubriant, Campina Grande, Paraíba, Brasil.
"II Salão Nacional Universitário de Artes Plásticas”. Centro de Cultura da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1978
I Exposição Individual (Desenhos a bico de pena e óleo/cartão). Centro de Cultura da UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva “Arte Nova” (Desenhos e Pinturas). Centro de Cultura da Universidade Federal da Paraíba/UFPB.
1981
Coletiva “Arte Paraibana 80”. VI Festival de Verão de Areia, Areia, Paraíba, Brasil.
1982
“Coletiva de Artes Plásticas”. VII Festival de Verão de Areia. Areia, Paraíba, Brasil.
Coletiva “O Cartaz no Teatro” (Cartaz da Peça “Donzela Joana”). Sala Almeida Júnior, Galeria Prestes Maia, São Paulo, São Paulo.
“Coletiva de Aniversário da Galeria Gamela (Pinturas). João Pessoa, Paraíba, Brasil
1983
Coletiva de Inauguração da Galeria Transarte (Pinturas). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva no Espaço Cultural (Serigrafias). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva na Galeria Gamela (Serigrafias). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva “A Magia dos Dias” (Pinturas). Galeria Portinari, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1984
“Coletiva de Artistas Nordestinos” (Pinturas). Escritório de Arte , João Pessoa, Paraíba, Brasil.·
I Coletiva CEF de Artistas Paraibanos” (Pinturas e Painel). Caixa Econômica Federal da Paraíba/Galeria Transarte, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva de Artes Plásticas (Pinturas). Galeria Archidy Picado, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1985
Coletiva , Galeria Transarte (Pinturas). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva de Artistas Paraibanos “De Todas As Cores” (Pinturas). Exposição beneficente em prol do Hospital Padre Zé. Espaço Novo, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1986
Coletiva de Artes Plásticas em benefício da “Casa do Candango” (Pinturas). Brasília, DF, Brasil.
Coletiva “Artistas Paraibanos” (Pinturas). Hotel Garvey Park, Brasília, DF, Brasil.
“I Coletiva Pernambucana Galeria de Arte” (Pinturas). Hotel Vila Rica, Porto Velho, Ro, Brasil.
1987
Coletiva na Pernambucana Galeria de Arte (Pintura). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva “Pintores da Década de 80” (Pintura). Teatro Santa Roza, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1988
Coletiva “ 3 Artistas Paraibanos” (Pinturas). Inauguração da Galeria de Artes Plásticas do SESC, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
·Coletiva “Arte Atual Paraibana” (Pintura). Espaço Cultural, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1989
Individual “Sintese” (Pinturas). Escritório de Arte da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva na Galeria de Arte do SESC/Pb, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1990
Mostra de Presidiários (Pintura). Festa das Neves, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Exposição Beneficente em prol do menor carente.
Coletiva (pintura). Jangada Clube, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Mostra beneficente em prol do Projeto Vivência - Cultura no Presídio.
Coletiva “II Arte Atual Paraibana” (Pintura). Espaço Cultural, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva de Inauguração da Galeria de Arte Sol Nascente (Pintura). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1991
Individual “Retalhos de um verão” (Pinturas). Galeria de Arte Sol Nascente, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1993
Individual de inauguração da Steinbach Galeria de Arte (Pinturas). João Pessoa, Paraíba, Brasil.
1998
Individual “Nômades Amantes do Tempo” (Pinturas). Museu Municipal de Mossoró, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.
Individual “Nômades Amantes do Tempo” (Pinturas). Fundação Cultural Capitania das Artes, Natal, Rio Grande do norte, Brasil.
2002
Aposição do Retrato do Presidente Epitácio Pessoa, em sessão solene no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba. ocupou a tribuna para falar da pintura e da vida de Epitácio Pessoa, quando foi aplaudido de pé pelos presentes. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Aposição do Retrato do Deputado José Mariz, em sessão solene no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
2004
Retrospectiva "Steinbach - 30 Anos de Pintura" (Pinturas).Salão Pedro Américo, Casarão 34 - Fundação Cultural de João Pessoa - FUNJOPE, João Pessoa, Paraíba, Brasil. De 05 a 26 de novembro de 2004.
2006
Coletiva “Arte Postal SESC ”, SESC Centro, João Pessoa - Paraíba, Brasil.
Coletiva “Artistas Brasileiros 2006” (Pintura).De 21 de junho a 14 de julho, Salão Negro do Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF, Brasil.
2007
Coletiva em homenagem ao “Dia Internacional da Mulher”, integrando o projeto Cultura no Centro, na sala de exposições Tomás Santa Roza, no Casarão dos Azulejos. De 08 a 30 de março, João Pessoa - Paraíba, Brasil.
Coletiva “Arte Postal SESC II”, 8 de maio, SESC Centro, João Pessoa - Paraíba, Brasil.
Coletiva “Múltiplos”, na sala de exposições Tomás Santa Roza, no Casarão dos Azulejos. De 15 a 30 de maio, João Pessoa - Paraíba, Brasil.
Coletiva “Expoentes da Arte Paraibana” , Casarão 34, Funjope.De 17 de maio a 18 de julho, João Pessoa - Paraíba, Brasil.Coletiva
“Das Neves - Uma História” , organizada pela prefeitura da cidade, através da Funjope, como parte da programação da Festa das Neves. Casarão 34, Agosto , João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coletiva “Mostra Paraibana de Mini-gravuras”, organizada pelo Clube da Gravura da Paraíba. De 15 de outubro a 15 de novembro, Casarão 34 - Funjope, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
2008
Individual "Mulheres em Evidência", uma homenagem à mulher. Pinturas de retratos de mulheres influentes e de destaque em diversos segmentos da sociedade paraibana. Organizada pelo Governo da Paraíba, através da Sub-secretaria de Cultura, com produção de Rosanna Chaves, em reverência ao chamado Mês da Mulher. A exposição faz parte do “Projeto Cultura no Centro”, que realiza anualmente eventos culturais no centro histórico da cidade. De 06 a 30 de março, Casarão dos Azulejos, sala Tomás Santa Roza, João Pessoa, Paraíba.
“I Bienal Pequenos Formatos”. Coletiva. Participa como convidado.Área de Lazer, Sesc centro, João Pessoa, Paraíba. De 13 a 31 de maio de 2008 ).
“Caravana de cultura da Paraíba” De abril a dezembro de 2008 Festival itinerante de cultura, percorrendo várias regiões do estado da Paraíba com exposições do acervo do FIC - Fundo de incentivo à Cultura, Coletiva dos artistas paraibanos Bruno Steinbach, Fran Lima, Guy Joseph, Joalisson Cunha, Clóvis Júnior, Dadá Venceslau, Paulo Aurélio, Sayonara Melo, Shiko, Wilson Figueiredo, Flávio Tavares, Chico Dantas, Ivanusa Pontes, Alexandre Filho, Tito Lobo, Régis Cavalcanti, Fred Svendsen, entre tantos outros. E mais: Oficinas de elaboração de projetos culturais, exibição e debates dos projetos “Cinema nas Ruas” e “Cinema na Escola”.
Realização: GOVERNO DA PARAÌBA (Subsecretaria de Cultura)
“1ª Mostra de Arte Contemporânea Paraibana”. Coletiva de Inauguração da Estação Cabo Branco - Estação Ciência, Cultura & Artes. De 3 de julho a 31 de Agosto de 2008 ).
BIOGRAFIA
Por Emmanoel Rocha Carvalho
(Extraído do livro "NOS CAMINHOS DO VIGÁRIO JOSÉ ANTÔNIO", História da Paraíba, 256 pgs, 2006, Editora Universitária/UFPb).
Trineto do vigário, o artista plástico Bruno Steinbach Silva nasceu no dia 27 de agosto de 1958, na cidade de João Pessoa, Pb. Filho de pai paraibano (o médico Isaías Silva, falecido em 1994) e de mãe baiana (Mariêta Steinbach Silva, falecida em 1965), dedicou-se logo cedo à pintura, como autodidata. Em 1976 realizou sua primeira exposição de pintura, na Galeria Pedro Américo, da Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa-PB). Em 1977 ganha o prêmio de melhor pintura na Coletiva Universitária de Artes Plásticas da Paraíba, no Museu de Arte Moderna de Campina Grande-PB. No mesmo ano, ingressa no curso de Licenciatura Plena em Letras e, posteriormente, no de Bacharelado em Filosofia Plena, ambos na UFPB.
Em 1978 realiza sua primeira exposição individual na Reitoria da UFPB, com desenhos e gravuras onde a temática social era um claro protesto contra o regime militar da época. Casa-se com Glória Jane Lessa Feitosa, com quem teve uma filha, Juliana Lessa Steinbach (27 anos, pianista clássica, residente em Paris – França). Abandona a Universidade e dedica-se integralmente à pintura. Participa de várias exposições coletivas e Festivais de Arte pelo Brasil.
Em 1981 vai viver com Rosanna Chaves, com quem teve dois filhos: Daniel Chaves Steinbach Silva (22 anos, aluno do curso de Comunicação Social na UFPB) e Bruna Chaves Steinbach Silva (18 anos, aluna do curso de Comunicação Social na UFPB).
Em 1987 conhece Alaíde Maria Fernandes Fonseca (Lala), já falecida, com quem passa a viver maritalmente.
Em 1988 uma tragédia terrível interrompe a sua carreira artística e marca definitivamente sua vida: envolvido em uma briga de bar, na praia de Tambaú, em João Pessoa-Pb, Bruno acaba matando os dois homens com quem brigara, o que o leva a ser condenado a 28 anos de reclusão. Mas continuou se dedicando com muita luta e perseverança à sua pintura. Na cadeia, montou um ateliê onde pintava seus quadros e ministrava cursos para outros apenados.
Em 1992, conhece Franciclare Henrique Bronzeado (France), que passou a comercializar as suas obras e com quem montou uma galeria de arte – Steinbach Galeria de Arte, no Center 3, em Manaíra, João Pessoa-Pb. Não foi um mar de rosas nesse período... Mas, apaixonados, os dois vão morar juntos em Mossoró, Rio Grande do Norte, para onde Bruno conseguiu ser transferido com um regime mais brando, em semiliberdade. Lá, já em regime de liberdade condicional, realizou uma exposição individual de grande repercussão no meio sócio-cultural do Rio Grande do Norte, a Mostra “Nômades Amantes do Tempo” (Pinturas Eróticas), que inaugurou a Galeria de Arte do Museu Municipal de Mossoró. As matérias positivas publicadas nos jornais, quase que diariamente, levaram-no a ser convidado para expor as obras na Capitania das Artes, Fundação Cultural da Prefeitura de Natal. De lá, expôs em Salvador-BA e, finalmente, com a anistia recebida por decreto presidencial, retorna a João Pessoa, totalmente livre, em 2000. Era o fim de um tempo de romance e de atribulações onde até retratos em sepulturas tivera que executar, para enfrentar as dificuldades financeiras impostas pela situação de apenado. Em 2001, France viaja para os Estados Unidos. Bruno não consegue ir (eram muitas as dificuldades depois do “11 de setembro” – 11.09.2001, data da destruição das torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Yorque, pelos terroristas de Osama bin Laden - principalmente para um ex-presidiário). O casal se separa após os 9 anos de aventura em comum.
Em 2002, pinta o retrato do Presidente Epitácio Pessoa, obra inaugurada em sessão solene no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, onde foi instalada. Bruno é convidado a ocupar a tribuna da Casa, onde faz um discurso sobre a vida de Epitácio Pessoa e é aplaudido de pé pelos presentes. No mesmo ano, pinta o retrato do Deputado José Mariz, para o Plenário do qual é o Patrono.
Em 2004, incentivado por outra companheira sua, Aldoiran Barbosa Pessoa (Lena), e pelos irmãos e amigos, Bruno realiza a exposição retrospectiva “Steinbach 30 anos de Pintura”, com cerca de 50 obras, do primeiro quadro a óleo à atualidade, no Casarão 34, Centro Cultural de João Pessoa. Um sucesso!
Em junho de 2006 é convidado a participar da Exposição Coletiva de Pintura “Artistas Brasileiros 2006”, mostra organizada pelo Senado Federal, objetivando catalogar e expor os artistas (pintores) mais expressivos da atualidade em seus respectivos Estados. Bruno foi representando a Paraíba. A exposição foi no Salão Negro do Congresso Nacional, com abertura presidida pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros, em solenidade muito prestigiada pela sociedade em geral e pelo corpo diplomático sediado no Distrito Federal. Esse evento abriu-lhe novos horizontes profissionais, tanto no Brasil como no exterior.
Especialista na pintura a óleo/tela, Bruno é um artista estilisticamente nômade, percorrendo todos os lugares que a sua imaginação criadora permite, sempre buscando o aperfeiçoamento e criando novas técnicas, mostrando a beleza do seu requinte profissional, seja nos retratos ou nos quadros sensuais, nas paisagens ou nas naturezas mortas. Seu nome é citado em livros e há inúmeras reportagens sobre sua vida em revistas e jornais do Brasil. Hoje reside em João Pessoa-Pb, onde possui ateliê de pintura e continua vivendo unicamente de sua arte, que mostra regularmente em viagens pelo Brasil.
Falar em Bruno Steinbach...
IRENE DIAS CAVALCANTI
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Falar em Bruno Steinbach Silva é lembrar perseverança, talento e inteligência. É dizer de uma vida dedicada a Arte em todas as suas fases - mesmo naquelas mais difíceis, quando o mundo lhe parecera estreito e com as luzes apagadas. Mas, nada o deteve em seu fascinante roteiro de artista; a sua ânsia de colocar em telas as coisas ditadas por sua mente prodigiosa.
Lembro-me de seu primeiro vernissage, em 1976, na Galeria de Arte Pedro Américo, localizada no antigo prédio da Coex, em João Pessoa, Paraíba - sua cidade natal, onde sempre fez questão de morar e trabalhar. Esse acontecimento me levou a buscar em suas pinturas o motivo de tanta exuberância, com a sua juventude marcando a sua arte com pinceladas vigorosas, sugerindo sensualidade, lirismo, paixão.
Por todo esse tempo, jamais deixei de acompanhar o seu trabalho de autodidata, a sua vida sempre dedicada à pintura, o refinamento de quem sabe fazer e o faz muito bem.
Impossível não identificar as suas obras, porque elas trazem dentro de si a essência da vida, com seu estilo próprio mergulhado em asas multicores, dando a impressão de buscar no infinito multidão de estrelas para abrilhantar o mundo em que vivemos e dizer a este mundo que o talento é um dom Divino e Bruno, acertando ou errando, sempre carrega a chama da determinação.
Nas suas veias existe a dor do fado, certamente trazida por seus ancestrais portugueses em orgias verdes dos ciganos. O avô alemão trouxe a grandeza das catedrais da Alemanha, a música dos grandes mestres eruditos, a estupenda capacidade e criatividade do povo germânico.
Filho de mãe baiana e de pai paraibano, ambos ardentes e tempestuosos como a própria geografia nordestina. Essa mistura magnífica talvez explique a universalidade da sua arte e a tenacidade do seu caráter, que jamais permitiu que em nenhum momento - até nos mais árduos - fosse possível se deter o esplendor do seu trabalho.
Bruno, esse nordestino obstinado, carrega dentro de si o brilho de uma vocação e de uma abnegação irresistíveis, que o fortaleceram para jamais deixar de expressar em suas obras mensagens de amor, transformando toda a sua melancolia em rasgos de esperança para um mundo melhor.
Irene Dias Cavalcanti
João Pessoa, Paraíba, setembro de 2004.