La balle au prisonnier (2020) Pintura por Béatrice Choquet

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Je commence la plupart de mes toiles par un fond noir, les tracés ont été réalisés au correcteur blanc, très vite, de façon presque automatique puis j'ai ajouté la couleur argent. Je pense alors à Viera da Silva Sobre esta obra: Classificação, Técnicas[...]
Je commence la plupart de mes toiles par un fond noir, les tracés ont été réalisés au correcteur blanc, très vite, de façon presque automatique puis j'ai ajouté la couleur argent.
Je pense alors à Viera da Silva
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Née le 22 décembre 1972 à Amiens, je suis issue d'une famille d'agriculteurs, cadette de la fratrie : j'ai un frère et une soeur. La mort de mon père l'année de mes 17 ans a considérablement[...]

Née le 22 décembre 1972 à Amiens, je suis issue d'une famille d'agriculteurs, cadette de la fratrie : j'ai un frère et une soeur. La mort de mon père l'année de mes 17 ans a considérablement bouleversé ma vie. Cette même année : je sombrais dans l'anorexie. Mon bac en poche, je me dirigeais vers des études de droit, sans grande conviction. J'ai abandonné, commencé une année en psychologie, abandonné aussi et toujours malade. A 20 ans je prends une décision radicale : m'engager dans l'Armée, dans la Marine précisément comme timonier. Je fis partie des premières femmes embarquées sur un navire de la Marine Nationale. Je trouvais là le cadre qui me manquait et un travail passionnant. En silence, je souffrais toujours d'anorexie-boulimie, jusqu'à ce que mes supérieurs s'en inquiètent et m'invitent à consulter un psychiatre. Plus tard, après une fracture de la rotule, j'ai eu la jambe dans le plâtre pendant deux mois. C'est contrainte à l'immobilisation, que je me suis mise à peindre, pour combler l'ennui d'abord, je m'évadais en peignant et puis, j'y ai pris plaisir, j'expérimentais, je m'amusais, ça me passionnait. Mes huit années d'engagement prenaient fin, inapte à la mer en raison de cette blessure, j'ai quitté l'Armée et enchaîné les jobs sans trouver ma voie. C'est finalement de l'anorexie  qu'il fallait que je m'occupe après toutes ces années. C'est là que j'ai rencontré le Pr Lalau avec qui j'ai conclu un contrat de poids qui devait conditionner ma sortie. J'ai donc été hospitalisée, privée de visite dans le service endocrinologie du CHU d' Amiens. Le Professeur m'a autorisé à peindre dans ma chambre. C'est dans cette chambre que la peinture a révélé toute son importance, une issue... une réponse à des questions existentielles, une catharsis. Je ramassais les cartons, les posters destinés à la poubelle, dans les couloirs de l'hôpital, tout ce qui pouvait servir de support et je peignais chaque jour. Si bien qu'il m'a proposé de peindre une fresque sur un mur à l'entrée du service, ce que j'ai réalisé avec la plus grande excitation. Après environ deux mois d'hospitalisation, j'exposais mes productions dans le service qui m'avait accueilli, et je quittais l'hôpital. Depuis, j'ai été diagnostiquée bipolaire avec les hauts et les bas qui accompagnent cette maladie. A la lisière de la folie parfois, j'ai toujours pu me raccrocher à l'Art pour faire abstraction, créer, construire, détruire, reconstruire pour me libérer encore et encore : de ma condition physique, de mes prisons mentales.

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