Escada Daru com a Vitória alada de Samotrácia Niké, ala Denon, Museu do Louvre, crédito: Marie-Lan Nguyen via Wikipedia
O museu do Louvre, em Paris, conhecido pela sua icónica pintura da Mona Lisa, anunciou um aumento significativo nos preços dos bilhetes. A partir do próximo mês, o preço de entrada passará de 17 euros para 22 euros, um aumento de cerca de 30%. A mudança, parte da estratégia mais ampla do museu para gerir os custos crescentes de energia e apoiar as suas iniciativas de entrada gratuita nas instalações, deverá entrar em vigor em 15 de janeiro.
Embora não esteja diretamente ligado aos próximos Jogos Olímpicos de Verão em Paris, este aumento de preços reflete uma tendência geral de aumento de custos na cidade, que se prepara para receber quase 10 milhões de visitantes no evento, agendado para 20 de julho a 8 de setembro.
No contexto dos Jogos Olímpicos, Paris enfrenta outros potenciais aumentos de custos. A autoridade de transportes da cidade planeia duplicar o preço de um bilhete de metro para cerca de 4 euros durante os Jogos, para fazer face ao aumento da procura e aos custos operacionais. Além disso, são esperadas tarifas hoteleiras mais elevadas, levantando preocupações sobre uma possível exploração de preços.
A decisão do Louvre faz parte de um vasto plano de revisão iniciado pelo seu presidente e diretor, Laurence des Cars, que assumiu o cargo em 2021. Uma das mudanças importantes propostas por des Cars inclui a abertura de uma nova entrada para desobstruir a pirâmide existente do Louvre. Esta decisão visa atrair mais uma vez os parisienses locais, dissuadidos pelo afluxo turístico.
O museu, que abriga mais de 33 mil obras de arte, enfrentou desafios devido à imensa popularidade da Mona Lisa. O problema da superpopulação, muitas vezes chamado de “problema da Mona Lisa”, levou a um declínio no interesse local. Para resolver isso, a Des Cars implementou um limite diário de visitantes de 30.000, uma redução em relação aos máximos pré-pandemia de cerca de 45.000.
A nova taxa de entrada dirá respeito principalmente aos turistas, constituindo os cidadãos franceses 30% dos visitantes do museu. Muitos destes visitantes locais beneficiam de entrada gratuita, quer quando crianças, quer no âmbito de vários programas destinados a residentes na UE com menos de 26 anos ou a pessoas com profissões específicas.
Jean Dubreil